Fracasso!
...
"Alô?"
"Alô, XXX(¹)?"
"Oi"
"É Víctor"
"Oi, tudo bem com você?"
"Tudo bem, e com você?"
"Tudo bem..."
"Er... Estás muito ocupada agora?"
"Bom, na verdade eu estava estudando..."
"Ah, então deixa pra lá, depois eu te ligo(²)"
"Não, pode falar, o que era?"
"Ah, eu queria só conversar contigo... mas pode esperar..."
"Bom, se quiser falar agora..."
"Não, não é legal eu ficar te incomodando agora. Até depois..."
*clic!*
* * *
É por essas e outras que eu acho que na verdade não estou inserido na Matrix, mas sim num livro de crônicas do Luís Fernando Veríssimo.
Impressionante o quanto eu consigo ficar angustiado com o simples fato de incomodar alguém. Me dói ter que pensar que aquele meu interlocutor, que muitas vezes pode até ser meu amigo de longa data já, tenha que interromper qualquer atividade (que geralmente é mais interessante que eu, penso) para ter que alugar o seu ouvido para mim.
Ainda mais considerando que é alguém que, bom, você possa sentir algum tipo de interesse. De fato, eu tenho mais coragem para esse tipo de coisa escrevendo do que falando. Conversas por telefone são para mim um nível de intimidade acima da conversa via MSN ou e-mail. Sempre fica aquele medo: "e se ela não gostar de meu tom de voz?", "e se ela perceber que eu estou gostando dela?", "e se ela resolver me cortar de vez?", "e se ela não sentir segurança em mim?", "e se eu ficar me preocupando muito, será que não vou perder uma oportunidade?", etc, etc, etc...
O pior é que eu já me criticaram pra caramba nesse sentido. Provavelmente, eu já perdi grandes oportunidades por simplesmente não ter insistido. E eu realmente me cobro muito no sentido de ser mais proativo dentro de meus relacionamentos.
Mas meu instinto de ovelha não deixa. *suspiro*
NOTAS DE RODAPÉ:
¹XXX dessa conversa não tem nada a ver com a XXX do post abaixo.
²Eu liguei para ela de novo, agora à noite. Ela estava com visita em casa e o instinto de ovelha mais uma vez falou mais alto. *suspiro profundo*
"Alô?"
"Alô, XXX(¹)?"
"Oi"
"É Víctor"
"Oi, tudo bem com você?"
"Tudo bem, e com você?"
"Tudo bem..."
"Er... Estás muito ocupada agora?"
"Bom, na verdade eu estava estudando..."
"Ah, então deixa pra lá, depois eu te ligo(²)"
"Não, pode falar, o que era?"
"Ah, eu queria só conversar contigo... mas pode esperar..."
"Bom, se quiser falar agora..."
"Não, não é legal eu ficar te incomodando agora. Até depois..."
*clic!*
* * *
É por essas e outras que eu acho que na verdade não estou inserido na Matrix, mas sim num livro de crônicas do Luís Fernando Veríssimo.
Impressionante o quanto eu consigo ficar angustiado com o simples fato de incomodar alguém. Me dói ter que pensar que aquele meu interlocutor, que muitas vezes pode até ser meu amigo de longa data já, tenha que interromper qualquer atividade (que geralmente é mais interessante que eu, penso) para ter que alugar o seu ouvido para mim.
Ainda mais considerando que é alguém que, bom, você possa sentir algum tipo de interesse. De fato, eu tenho mais coragem para esse tipo de coisa escrevendo do que falando. Conversas por telefone são para mim um nível de intimidade acima da conversa via MSN ou e-mail. Sempre fica aquele medo: "e se ela não gostar de meu tom de voz?", "e se ela perceber que eu estou gostando dela?", "e se ela resolver me cortar de vez?", "e se ela não sentir segurança em mim?", "e se eu ficar me preocupando muito, será que não vou perder uma oportunidade?", etc, etc, etc...
O pior é que eu já me criticaram pra caramba nesse sentido. Provavelmente, eu já perdi grandes oportunidades por simplesmente não ter insistido. E eu realmente me cobro muito no sentido de ser mais proativo dentro de meus relacionamentos.
Mas meu instinto de ovelha não deixa. *suspiro*
NOTAS DE RODAPÉ:
¹XXX dessa conversa não tem nada a ver com a XXX do post abaixo.
²Eu liguei para ela de novo, agora à noite. Ela estava com visita em casa e o instinto de ovelha mais uma vez falou mais alto. *suspiro profundo*
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