quarta-feira, março 22, 2006

Emos

Abreviação de Emotional Boy, apesar de terem suas variações femininas. Os emos autênticos, se é que existem, se consideram algo como novos punks, levando em consideração o fato de gostarem de bandas como Green Day, My Chemical Romance e Rasmus. Punks das antigas, sejam eles ramônicos ou britânicos, rechaçam esse tipo de afirmação com veemência, e não raro os emos acabam apanhando, e feio, quando encontram os seus contrapartes, que por sinal dizem admirar muito.

Emos são conhecidos pela sua tradicional vontade de produzir no mundo um paraíso à la Green Day depois da sua pequena revolução franjinha (adendo: a meu ver, emos copiaram seu visual dos indies, apenas colocando mais preto no layout externo; mas a franjinha, o allstar continuam lá, sem no entanto a mochilinha com cd's do weezer, do hives, e de alguma banda meio-que-brit-pop-do-ziniguistão), onde todos viveriam em paz, chorando, expondo seus sentimentos, e sem problemas para ficar e ter relacionamentos amorosos entre pessoas do sexo oposto e mesmo sexo. Já tiveram vários casos de emos que choraram compulsivamente ao assistir shows de suas bandas preferidas.

Minhas opiniões sobre o assunto:

- Apesar de ter o desejo de ter um mundo melhor, ele passa longe do ideal emo; meu mundo melhor tem bases ideológicas políticas concretas;
- Emos não são punks. Punk pra mim restringe-se a baixo, guitarra, bateria, 4 acordes e uma roupa podrona. Dizer que My Chemical Romance é punk pra mim é fazer com que os Ramones que morreram até agoram mexam seus esqueletos na tumba do Pet Sematary onde estão enterrados;
- Demonstrar os sentimentos é ótimo, mas para quem realmente está interessado nisso. Não é à toa que tanta gente sai por aí procurando analista para problemas que são realmente simples. Me lembra uma clássica cena de "Crocodilo Dundee", na qual o grosso outbacker dá uma lição de vida: "Lá no outback (sertão é uma tradução que adoro para este termo), quando estamos com problemas, geralmente conversamos com um amigo";
- Não vou cair no reducionismo barato de dizer que todo emo é gay, ou tem tendências, mas gosto de coisas bem definidas: a proposta deles de panssexualismo mais parece reflexo da moda "homossexual por tempo determinado" que se abateu sobre o mundo jovem pós-t.A.t.U.; em resumo, meu filho, se você gosta de mulher, não força; se você gosta de homem, não força também.

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