terça-feira, dezembro 19, 2006

O aumento da discórdia

Pois.

Depois do aumento dos salários, as pessoas começaram a lembrar de novo que certas classes de políticos não são confiáveis. Nem um pouco. Chegou-se a um ponto em que tentaram matar o "paizinho dos povos" de lá da Bahia - por que o paizão, graças a Deus, está arrumando as malas para voltar pra Salvador. Mas parece que ele e sua laia resolveram deixar um presentinho pro pessoal que está pra chegar. Os velhos corruptos, tais como ACM, Arthur Virgílio et caterva dão lugar aos novos corruptos, como Clodovil e os... er... igualmente velhos corruptos, como Maluf e Sarney.

Depois de terem pintado o sete no Planalto, ser endossado para mais um mandato é um indicativo de que as coisas estão sendo "bem feitas", então por que não continuar? Provavelmente este é o raciocínio que passa na cabeça de gente que não tem escrúpulo nenhum na hora de passar a mão no dinheiro que você, eu e todo o mundo que vive aqui manda diariamente para Brasília. Se eles estão lá agora, é por que teve uma galerinha que achou que um saco de cimento era mais importante que o bem da comunidade onde vivia. O pior é que os eleitos sabem disso e fazem de tudo para perpetuar as condições nas quais um saco de Nassau ou Poty vale peso de ouro.

O que mais me deixou irritado foi o PC do B ter entrado na roda, capitaneado por Aldo Rebelo. Já ouvi dizer que Maquiavel é um guia a ser lido por todos os políticos, mas, porra, o Brasil não é a Itália do século XVI, apesar de em algumas situações parecer. Tenho certeza absoluta que uma chefia de Câmara não valia a própria honra - e sim, nesses casos ela vale sim. De Renan Calheiros eu nem vou falar.

Talvez os "nobres colegas" não tenham percebido a merda que o desbunde da grana fácil tenha feito com o país: uma geração que, pouco a pouco, vai ficando desbundada também (sem trocadilhos, por favor). Uma geração que seria capaz de realizar tudo, inclusive um grande regabofe, como diria Émile Zola, independente da ideologia. A revolta dessa geração poderia vir tanto na forma de uma revolução à moda russa (com direito a fuzilamento Romanov), com o povão entrando no Congresso com paus e pedras, ou então na forma de uma elite escrota disposta a salvar a moral e os bons costumes da sociedade brasileira, rica, que fique bem claro.

Não defendo de modo algum violência ou golpe, mas em nenhum momento passa na cabeça daqueles homens escolhidos pelo povo para representar seus interesses e os das unidades federativas que, um dia, a casa pode cair. Espero que não reclamem no dia que isso acontecer, pois o aviso foi dado.

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